A história de duas irmãs, Deoria e Domaris, filhas de Sumo Sacerdote Talkannon, dos seus amores, dos seus ódios, dos seus prazeres e sofrimentos e da forma como, tendo escolhido caminhos diferentes, por vezes opostos, vivem os seus dias e desempenham um papel fulcral na batalha que, apesar de invisível, se trava dia e noite pelo futuro do Mundo. Mas mais importante que qualquer destino ou karma, o que está em jogo é o futuro do próprio Mundo, pois da batalha mortal que se trava entre as Trevas e a Luz e do seu desenlace poderá resultar a queda da própria Atlântida.
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Esperava mais do livro.
É o primeiro livro que leio de Marion Zimmer Bradley, e confio que não seja o melhorzito...
Em primeiro lugar, não tem NADA a ver com a Atlântida. Logo isso é uma desilusão, embora não seja suficiente para justificar.
Para mim, as personagens não foram envolventes, e o enredo tornou-se repetitivo por vezes...
Até que, lá para os dois últimos livros (o livro divide-se em cinco), a coisa anima. Pelo menos sempre se torna mais recheado. Mas por vezes consegue-se tornar entediante, não diria aborrecido (é uma palavra grossa), mas entediante... Arrasta-se um bocado, talvez.
Tenho estado a dizer coisas negativas, mas não desgostei totalmente do livro.
É, para mim, incompleto a muitos níveis, e não creio que a autora possa ser julgada por este livro individualmente... Este é aquele livro que dá ao leitor o princípio de todo o ciclo de Avalon, e o desejo da autora de transmitir como é que tudo começou...
As personagens, embora tenha simpatizado, não me fascinaram, acho que a determinada altura estava um pouco farto de tanto choro... E o enredo não é completamente viciante, até é bastante simples.
Mas sempre é interessante se resumirmos um pouco: as duas irmãs vivem num Templo, à medida que crescem, vão praticando actos bons ou maus, e gera-se uma longa teia de escuridão e luz, e as suas acções vão influenciar o futuro de muita coisa... E o seu karma, que se estenderá por gerações vindouras (até às Brumas?).
Portanto, é interessante, mas tenho de lhe dar uma qualificação mediana por ter demorado tanto a entusiasmar-me.
No entanto, além de ser um livro de leitura muito fácil, ao longo do tempo mantive dentro de mim uma emoção constante, o que me fez sempre querer ler mais, e mais, e mais. Essa emoção acabou por fazer com que o livro se tornasse, a meu ver, mais empolgante. E como li rápido, reconheço que algumas páginas podiam ser suprimidas, mas não notei diferença na leitura.
Depois de ler este livro, ainda mais me apetece ler "As Brumas de Avalon", porque nota-se que o objectivo será continuar a história, que se estenderá por gerações...
É um livro trágico, muito trágico! Como parece ser hábito nos livros de MZB, a feminilidade mantém um papel principal.
Este livro é um livro de Fantasia, convém afirmar, o que aprecio e acabou por ser, em certas alturas, bom. Nada de Atlântida, ou referências históricas, mas uma história passada em Reinos passados, e completamente fantástica... Nostálgica, pode-se dizer.
Acho que não aconselharia imediatamente este livro... Melhor, primeiro leiam "As Brumas de Avalon", "A Casa da Floresta" por exemplo. Depois, leiam "A Queda da Atlântida", porque no caso de não gostarem sempre não desistem da autora!
Apenas comecei a ler este livro porque é o primeiro da saga Avalon. Mas acho que, a seguir, irei logo avançar para As Brumas...
13 comentários:
Algum motivo especial para teres começado por este? :)
Eu já li "As Brumas de Avalon" e "Presságio de Fogo" e adorei! Tenho "A Casa da Floresta" e "Os Corvos de Avalon" em fila de espera e espero não me desiludir ;)
Ainda não li esse e as brumas de Avalon da MZB, eu não teria começado por estes livros. Adorei o "Salto Mortal", as personagens são fantásticas, aquela família de trapezistas enorme com as suas tradições e disciplina, e o amor que há nesse livro é tão verdadeiro e forte. É agora o meu preferido da MZB. O segundo é "A herdeira", também é uma história diferente, sobrenatural, que inclui uma história de amor estranha mas forte, é sobre uma mulher que compra a casa para onde a irmã pudesse treinar as músicas sem incomodar os vizinhos mas está assombrada, e apaixona-se por um homem de cara desfigurada e coxo (? - acho que era coxo)...
De resto, os dois livros que li, "Trevas satânicas" e "a colina das bruxas" (este dou uma bolinha vermelha, lolol), gostei mas são os mais fraquinhos da MZB. Tenho também os "Corvos de Avalon" à espera... :-/
Se não aconselhas a leitura, guardarei bem o nome para não ler tal livro...rsss.
Bom fim-de-semana!
Beijinhos.
Canochinha,
sim, como disse comecei por este porque é considerado o primeiro do ciclo Avalon, cronologicamente, este é o primeiro livro que relata o princípio de toda a magia e personagens que vão desde aqui até Avalon... E reencarnam noutras personagens (por exemplo, Morgana é a reencarnação de Deoris, segundo creio!). Mas confesso que, agora, em vez de seguir a ordem cronológica, quero avançar logo para "As Brumas de Avalon".
Flicka,
já tenho "As Brumas de Avalon" há muito tempo por ler, e por isso decidi ler a saga completa... Mas receio que seja mais fácil começar logo pelas Brumas.
Como os outros livros não estão ligados a Avalon, ainda vou deixar um pouco de lado... Mas se acabar por gostar da autora de certeza que leio ;)
Biazinha,
que tal leres "As brumas de Avalon"?
Se acabares por gostar, lê este.
Há gostos diferentes, quem sabe...
Um grande abraço
Realmente esse livro é o mais fraco da série. Mas não desista em seguir a série, se for possível para vc leia sim :)
Alguns realmente terminam tristes, mas tem outros que não. Exemplo: Os Ancestrais de Avalon.
Acredito que justamente por ser uma leitura inesperada, e com tanto misticismo faz de Marion uma excelente autora.
Liliane,
Marion Zimmer Bradley esforçou-se demasiado para tornar o princípio da série num livro relativamente grande... Talvez não fosse preciso esticar tanto!
Eu não vou desistir da série, mas pensei em avançar já para "As Brumas de Avalon"... O que achas?
Sabes, para mim o problema não é acabar triste, algumas vezes isso torna bom o livro! Sinceramente, nem acho que este acabe triste (mas não quero avançar com spoilers...).
É pena que "Os Ancestrais de Avalon" ainda não tenha sido publicado aqui em Portugal... =( Mas vou ler em inglês!
Um grande abraço
Este ainda não li, mas os outros relacionados com as brumas sim e gostei bastante :D Nomeadamente os 4 das brumas, q já li várias vezes ;)
Falta-me msm a queda d Atlantida. Esse dos Ancestrais é q não tou a ver qual é :-\ (mas eu tb sou uma distraida =P )
Pedro, podes avançar para as Brumas de Avalon sem problemas... A maioria das pessoas começam por ele mesmo, pelo simples fato de ser o mais popular da autora. Depois das Brumas é bom seguir a ordem, senão fica confuso... Não só pelas reencarnações, mas muitos personagens de livros anteriores são citados nos seguintes...
Abraço :)
Tita, parece que aí em Portugal não saiu os Ancestrais de Avalon... Bom, nós (Brasil) tb estamos com um problema parecido. Pois por aí para vcs saiu Os Corvos de Avalon e aqui não :( Na verdade gostaria de saber em qual sequência se encaixa esse livro, se alguém puder responder, agradeço muito :)
Bjs
Lili
Liliane, pelo k me lembro da sequência entre livros, Os Corvos de Avalon é anterior à Casa da Floresta.
A primeira vez q li, comecei pelas Brumas, mas dp não respeitei a ordem =P fui lendo à medida q os ia comprando
A ordem k li:
- as brumas de avalon(os 4 foram sequenciais)
- a senhora de avalon
- a sacerdotiza de avalon
- a casa da floresta
- os corvos de avalon
Tita e Liliane, obrigado pelos comentários! Acho que vou mesmo ler "As Brumas de Avalon", porque "A Queda de Atlântida" deixou-me com água na boca! Se gostar, talvez avance para "Os Corvos de Avalon", ou se conseguir para "Os Ancestrais de Avalon"!
Vou postar de propósito uma mensagem para referir a ordem desta série ;)
A história da humanidade foi despedaçada ao longo dos milênios não sei por que e nem sei pra que precisamos de historia, mas, já que precisamos temos que montar este quebra cabeça, por exemplo:
Veja a historia de Eva e o fruto proibido e compare co à caixa de Pandora dos Gregos,
´Uma aproximação deste mito pode ser feita com a Queda de Adão e Eva, relatada no livro do Gênesis. Em ambos os mitos é a mulher, previamente avisada (por Deus, na Bíblia, ou, aqui, por Prometeu e por Zeus), que comete um erro irremediável (comendo o fruto proibido, na Bíblia, ou, aqui, abrindo a caixa, ou jarra, de Pandora), condenando assim a humanidade a uma vida repleta de males e sofrimentos. Todavia, a versão bíblica pode ser interpretada como mais indulgente com a mulher, que é levada ao erro pela serpente, mas que divide a culpa com o homem.
A mentalidade politeísta vê Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade (o que os monoteístas chamam de males). Ela lhe dá assim a força de enfrentar estas provas com a Esperança. Na filosofia pagã, Pandora não é a fonte do mal; ela é a fonte da força, da dignidade e da beleza, portanto, sem adversidade o ser humano não poderia melhorar.´
Outro exemplo é a semelhança dos heróis Gregos com narrativas da Bíblia:
´Alguns dos mitos Gregos se referem a encontros amorosos entre os Deuses e os humanos , dos quais naciam os heróis. Um destes, Heracles , tinha uma força descomunal e foi designado pelos deuses para realizar doze tarefas humanamente impossível,conhecidas como os doze trabalhos de Hercules.`
Genesis cp.6-1,2,3,4 ´E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a ,face da terra, e lhes nasceram filhas, 2 Viram os filhos de Deus que as filhas dos h,omens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 ¶ Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. 4 ¶ Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.`
E o bezerro de ouro de Arão terá alguma ligação com os Indianos em adorarem vacas como Deuses? Êxodo cp. 32,234´ E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. 3 Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. 4 mapa E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.`
E os Astecas como já sabiam da existência dos homens brancos? Moctesuma II, reinava desde 1502, e era o nono soberano asteca. Era um sumo sacerdote erudito e fiel às suas obrigações. Alargou bastante o seu Estado graças as expedições militares. Contudo, com o tempo perdeu muito de sua energia e otimismo. O excesso de religiosidade mergulhava-o no fatalismo que acabaria por escravizá-lo. Este sentimento tinha origem no mito de “Quetzalcoatl”, deus do vento do leste e, simultaneamente no deus da chuva, fonte da vida. A tradição descreve este deus como um gigante de pele clara e longa barba. Conta-se então que este homem branco “Quetzalcoatl” vivera outrora entre os astecas e os ensinara a trabalhar a terra, a construir casas e a trabalhar os metais. Ensinara também a existência de um só deus, o deus do amor e da misericórdia, e exortava os índios a abandonarem os sacrifícios humanos. A tradição dizia que um dia “Quetzalcoatl” regressaria do Oriente ao país dos Astecas e reinaria sobre eles.
Este mito teve papel preponderante no pensamento e na conduta de Moctezuma. Quando soube que os homens brancos tinham aparecido do leste em grandes navios, julgou cumprida a profecia que anunciava o regresso do deus branco. Parece que deste modo se convenceu de que era inútil resistir aos estrangeiros porque estes estavam em contato com poderes sobrenaturais.
Mais uma curiosidade, as pirâmides do Egito e as do México (Astecas) estão praticamente na mesma linha da região do tropico de capricórnio, e se dividirmos o tropico em três partes iguais colocando Egito, México (Asteca), e um terceiro ponto no oceano Pacifico próximo ao Japão teremos uma pirâmide perfeita com seu cume no pólo magnético norte ou sul, mas, o que seria esse terceiro ponto? Na Bíblia Ezequiel faz profecias contra a cidade de Tiro comparando a uma cidade antiga que teria sido inundado pelas águas. Ezequiel cp.26-15,17,18,19,20,21. ´Assim diz o Senhor DEUS a Tiro: Porventura não tremerão as ilhas com o estrondo da tua queda, quando gemerem os feridos, quando se fizer uma espantosa matança no meio de ti? 16 E todos os príncipes do mar descerão dos seus tronos, e tirarão de si os seus mantos, e despirão as suas vestes bordadas; se vestirão de tremores, sobre a terra se assentarão, e estremecerão a cada momento; e por tua causa pasmarão. 17 E levantarão uma lamentação sobre ti, e te dirão: Como pereceste, ó bem povoada e afamada cidade, que foste forte no mar; ela e os seus moradores, que atemorizaram a todos os seus habitantes! 18 Agora, estremecerão as ilhas no dia da tua queda; sim, as ilhas, que estão no mar, turbar-se-ão com tua saída. 19 Porque assim diz o Senhor DEUS: Quando eu te fizer uma cidade assolada, como as cidades que não se habitam, quando eu fizer subir sobre ti o abismo, e as muitas águas te cobrirem, 20 Então te farei descer com os que descem à cova, ao povo antigo, e te farei habitar nas mais baixas partes da terra, em lugares desertos antigos, com os que descem à cova, para que não sejas habitada; e estabelecerei a glória na terra dos viventes. 21 Farei de ti um grande espanto, e não mais existirás; e quando te buscarem então nunca mais serás achada para sempre, diz o Senhor DEUS. ´Ezequiel cp.27-32,34. ´32 mapa E no seu pranto levantarão uma lamentação sobre ti, e lamentarão sobre ti, dizendo: Quem foi como Tiro, como a que foi destruída no meio do mar? 33 Quando as tuas mercadorias saiam pelos mares, fartaste a muitos povos; com a multidão das tuas riquezas e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra. 34 No tempo em que foste quebrantada pelos mares, nas profundezas das águas, caíram, no meio de ti, os teus negócios e toda a tua companhia. `Que cidade e esta que Ezequiel fala? Seria Atlântida? Historiadores acreditam que Atlântida poderia ter existido no oceano Atlântico, mas, Isaias fala de um povo desconhecido que viviam em ilhas alem da Etiópia, ou seja, oceano Pacífico. Isaias cp. 18-1,2,3.´Ai da terra que ensombreia com as suas asas, que está além dos rios da Etiópia. 2 Que envia embaixadores por mar em navios de junco sobre as águas, dizendo: Ide, mensageiros velozes, a um povo de elevada estatura e de pele lisa; a um povo terrível desde o seu princípio; a uma nação forte e esmagadora, cuja terra os rios dividem. 3 Vós, todos os habitantes do mundo, e vós os moradores da terra, quando se arvorar a bandeira nos montes, o vereis; e quando se tocar a trombeta, o ouvireis.`
Então, este terceiro ponto seria a fascinante Atlântida, que estaria submersa nas profundezas do oceano Pacifico um pouco acima do tropico de capricornio na costa leste do Japão? E o que seriam as pirâmides realmente, pontos de referencia, algum sistema de comunicação, mas pra que e pra quem? Rode Madalena de Jesuz.
Olá!
Concordo consigo Pedro, e eu já li os quatro livros de "As brumas de Avalon" em menos de um mês e afirmo que "A queda da Atlântida", é bastante inferior (na minha opinão) ás "brumas".
Já li também o "Presságio de fogo" e achei Muito bom, com personagens e enredo excelentes, é daqueles livros que nos prendem ate ao fim.
Ao ler a "queda da Atlântida", cheguei a algumas partes do livro e achei-as entediantes. Mas penso que vale a pena lê-lo. E também descobri um paralelo com as personagens de as "brumas", concordo que Deoris possa ser Morgana ou Viviane...
Agora aceito sugestões para o proximo livro a ler... :)
Por fim, parabéns Pedro pelo seu blog :)
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