Príncipe de Fogo, de Daniel Silva

Gabriel está de regresso a Veneza, quando uma terrível explosão em Roma o conduz a uma perturbadora revelação: a existência de um dossier em mãos terroristas que revela os seus segredos e expõe a sua verdadeira história. Apressadamente chamado a Israel, regressa mais uma vez ao seio da organização que tinha escolhido esquecer. Allon vê-se em perseguição de um cabecilha terrorista através de uma paisagem embebida no sangue derramado por várias gerações. E quando por fim se dá o confronto, não é só Gabriel que corre o risco de ser eliminado – pois não e apenas a sua história que é posta a nu.
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Tenho estado ausente por falta de tempo e estudo. Portanto, quando arranjo um tempinho tenho de aproveitar e postar no blog!

Gostei de ler o livro. Fiquei com muita vontade de ler as obras anteriores a esta, para conhecer mais do protagonista (uma vez que se trata de um conjunto de livros com a mesma personagem) e para conhecer as missões deste Allon.

Ao princípio somos confrontados com um emaranhado de nomes e pessoas que, para mim, confundiu um bocado. Ainda por cima, essas pessoas são palestinianas e israelitas, com aqueles nomes estranhos... Bem, mas lá nos habituamos à leitura e somos atraídos pelo livro, cuja acção se vai desenrolando. O facto de ter acabado uma leitura mais pesada, contribuiu para uma dificuldade em adaptar-me a esta nova leitura... =/

Para quem não conhece a história da guerra entre os israelitas e os palestinianos, é uma boa lição de História. Eu já conhecia as razões desta guerra interminável, mas mesmo assim foi um romance que não deixou de interessar.
Começa com uns atentados, ligados a um único terrorista, disposto a matar centenas por uma vingança que atravessa gerações. Para “arrumar” este homem, Gabriel Allon, um restaurador de arte e espião ao serviço dos israelitas, é contratado. A história de Allon, envolta em desgraça, volta à tona e, para a apaziguar, Gabriel viaja pela Europa e pela Palestina, na linha de fogo entre os israelitas e os palestinianos, cuja guerra tem vindo a provocar tensão e medo.

Dispensa muitos clichés, tratando-se apenas de um livro de perseguição e espionagem. Ao contrário de muitos livros, que se desenrolam à volta de um mistério que só no fim é desvendado, chocando por vezes algumas religiões ou massas, este livro é apenas uma acção de espionagem e perseguição, a caça de um terrorista que tem uma vingança para cumprir. É muito bom porque agarra o leitor para mais umas páginas, para saber mais um bocadinho da história, para seguir ao lado de Gabriel Allon pela Europa até encontrar o terrorista e matá-lo. Sem ser demasiado complicado, torna-se uma leitura agradável.

Como disse, aconselho e apetece-me ler mais do autor, pois a história da personagem merece ser vista. Este é o quinto livro da série Allon.

8 comentários:

Célia disse...

Acredito que tenhas gostado, mas livros de espionagem... not my cup of tea ;)

flicka disse...

Mais uma boa sugestão da tua parte, mas, com acção e perseguição a mais, ainda por cima, sobre israelistas e palestianos, não é um livro para mim pois não tenho paciência para este tipo de livros em que só se persegue e captura um terrorista.

anaaaatchim! disse...

Ainda só li "o Confessor" de Daniel Silva, mas já tenho ali quase todos - à excepção d' "A Marca do Assassino, que a FNAC online fez o favor de enviar para casa de outra pessoa LOL! Penso que em breve irei pegar neles, mas o mais fiel possível à ordem cronologica real deles (e não à ordem de publicação em Portugal, que está toda às avessas).

Pedro disse...

Canochinha,
foi bom, sim, gostei. O facto de compararem Daniel Silva a Graham Greene foi um susto porque já tive uma experiência com Greene, e decididamente não faz o meu tipo de livro.
No entanto, este foi uma leitura bem passada, que embora a princípio tenha sido um pouco confusa, foi clareando e tornou-se fluida. Tem muito suspense, e talvez por isso te aconselhe (sei lá, se vires numa biblioteca, ou se alguém te emprestar, talvez não seja mal pensado). Para não tornar o livro monótono, temos algum desenvolvimento da personagem e das suas relações interpessoais, o que torna o livro muito mais interessante e puxa o leitor para outros livros da mesma série.

Flicka,
Tem muito suspense, mas acredito que não seja o teu tipo... Talvez te sentisses mais fascinada com o desenvolvimento da personagem, mas pelo que conheço das tuas leituras, esta não é uma delas... Mas quem sabe, não há nada como experimentar!

Anaaaatchim,
é verdade, não compreendo as edições portuguesas. Enfim...
Aconselho-te este livro. Tem muito suspense, muita acção e perseguição, e embora me tenha confundido à primeira, passou a ser fluido. Além disso, se tens a oportunidade de acompanhar a história de Allon, ainda melhor!
Aconselho-te, lê quando puderes! ;)

Um grande abraço

JPD disse...

Olá Pedro!

Tomei nota do conselho.

Aliás, Fischer, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, assumindo-se oráculo, acha que a Israel nada mais restará senão atacar e desfazer o projecto nuclear iraniano. E essa acção estará para breve.

Se isso acotecer, tudo que respeita ao conflito Israel/Palestina; Judeus/Arabes terá obrigatóriamente de ser reformulável.
E com que consequências, eis uma dramática dúvida.

Sandra Silva disse...

Não parece que seja muito o meu estilo de livros, mas ficou registado como uma boa hipotese a aconselhar a alguns meus conhecidos... =)

Continua a dar as tuas opiniões que eu vou passando pelo o teu cantinho...

xD

Cristina disse...

Tenho 3 livros deste autor: O Confessor, Príncipe de Fogo e Morte em Viena. Já li o 1º e o último e gostei bastante. São policiais cativantes e que metem bastante história, portanto temos sempre aquela sensação de aprendizagem.

saíram mais dois deles (diga-se que, em Portugal, não estão a ser editados segundo a sua ordem cronológica): A Mensageira e O Artista da Morte - gostava de ver se os comprava...

Pedro disse...

JPD,
este livro não se passa na actualidade, o que deixa um pouco de lado relações e problemas sucedentes, mas a verdade é que este conflito se tem vindo a prolongar desde à muito tempo!
Uma dramática dúvida, sem dúvida, resta-nos saber do que será feito deste mundo... =/

Gota de água,
Aconselha, e se por acaso o encontrares, lê. Se não é o teu tipo, ok, fica pelo conselho, que é muito bom! ;)
Continuarei! =D

Cristina,
gostava muito de ler Morte em Viena e A Mensageira. São os que mais me fascinam.
Não sei porque é que não estão pela ordem cronológica, é uma pena...
Também já está cá "A Marca do Assassino", conheço o título, mas não a história.